Artigo Anais do XXI O Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (Sessão Livres)

ANAIS de Evento

ISSN: 1984-8781

MOBILIDADE URBANA E CIDADE: DILEMAS, DESAFIOS E DESCOMPASSOS ENTRE O PLANEJAMENTO E O TERRITÓRIO

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Aproximar o tema do desenho da mobilidade urbana ao campo do planejamento e projeto urbanos é uma necessidade urgente quando consideramos os desafios, dilemas e descompassos de implantação de sistemas, redes e equipamentos de transporte nas principais metrópoles brasileiras - seja nos modais de ônibus, trem ou metrô - que contribuem sobremaneira para a não dependência do automóvel individual como na redução dos GEE. Entender o desenho da mobilidade, em especial do Transporte Público Coletivo, seu legado e suas reverberações, bem como a ausência de lições e/ou descompassos aprendidos nas maiores metrópoles do Brasil, como Rio e em São Paulo, é uma discussão premente para os campos do planejamento urbano, arquitetura e urbanismo. Por um lado, o planejamento urbano visa a organização do espaço urbano como do desenho da forma urbana, na escala intermediária, que não pode ser desligado do seu suporte geográfico, da gênese do lugar. Por outro lado, o campo do planejamento de transporte visa também ser uma ferramenta para auxílio na tomada de decisões na escala macro. Historicamente, a acessibilidade tem se mostrado como um elemento indutor do crescimento (Campos, 2013), das atividades e das transformações espaciais de uma região. No âmbito da escala micro, o nó de transporte de uma rede oferece a possibilidade do acesso à união de diversos sistemas (e consequentemente aos diversos destinos), mas também ao lugar numa cidade (Baiardi, 2018). Como conciliar, portanto, duas disciplinas no território – urbano e transportes - no campo do planejamento e do projeto com qualidade urbana, ambiental e sustentabilidade socioeconômica, rompendo com a visão setorial e fragmentada das intervenções no espaço amplamente difundida no século XX? A realização desse XXI Enanpur em Curitiba é uma oportunidade para debatermos a articulação entre planejamento, projeto e processos. Por um lado, a Cidade de Curitiba, a partir do Plano Diretor de 1966, realizou uma implantação contínua de um desenho articulado entre o sistema trinário de vias, corredores de transporte coletivo e uso do solo, que inovou no campo do planejamento urbano e transportes. Com potencialidades e fragilidades desse modelo, a cidade tem atualmente a RIT (Rede Integrada de Transporte), um desenho de rede implantado articulado com o desenho linear de cidade. Por outro, as metrópoles Rio de Janeiro e São Paulo apresentam desarticulações importantes entre os nós de mobilidade e local de inserção que necessitam ser debatidas no campo do urbano como na materialização de diversos planos e no alinhamento de “novas” governanças. Entre os aspectos político, projetual, territorial e socioeconômico, esta sessão visa discutir como decisões de planejamento vão interferir na qualidade dos projetos da mobilidade urbana, e como irradiam para o território, na escala do bairro e local, da rua, do tecido urbano e espaços públicos. Do Plano Diretor às operações urbanas e as Parcerias Público-Privadas, almeja também debater o papel dos financiamentos e privatização dos transportes (serviços públicos e coletivos). Na direção oposta, partindo dos equipamentos - estações e terminais - para olhar para o desenho urbano, inserção e projetos de reurbanização, o que se observa são decisões de projetos cuja origem residem não apenas em pontos técnicos, mas em aspectos políticos e da ordem do planejamento. Assim, a presente sessão é composta por cinco trabalhos, apresentados por um conjunto diverso de professores arquitetos, urbanistas e geógrafos. O primeiro trabalho discute o sistema de transporte de massas no Rio de Janeiro, com foco na implantação do BRT e diferenças na relação com tecidos urbanos contextos nas Zonas Norte e Oeste da cidade. O segundo aborda o metrô de São Paulo ao tratar de problemas de projeto e inserção das estações decorrente das inconstâncias das políticas e do planejamento da rede de transporte, problemas que se acentuam com as políticas recentes de concessão e parcerias público-privadas. O terceiro trabalho apresenta aspectos históricos e atuais do regime de produção-circulação-realização dos transportes (e negócios complementares) - o “contratismo” - na Rede Metropolitana sobre Trilhos (RMT). O quarto aprofunda a questão do financiamento para pensar a proposta de tarifa zero, importante avanço em relação às políticas de financiamento dos transportes. 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Aproximar o tema do desenho da mobilidade urbana ao campo do planejamento e projeto urbanos é uma necessidade urgente quando consideramos os desafios, dilemas e descompassos de implantação de sistemas, redes e equipamentos de transporte nas principais metrópoles brasileiras - seja nos modais de ônibus, trem ou metrô - que contribuem sobremaneira para a não dependência do automóvel individual como na redução dos GEE. Entender o desenho da mobilidade, em especial do Transporte Público Coletivo, seu legado e suas reverberações, bem como a ausência de lições e/ou descompassos aprendidos nas maiores metrópoles do Brasil, como Rio e em São Paulo, é uma discussão premente para os campos do planejamento urbano, arquitetura e urbanismo. Por um lado, o planejamento urbano visa a organização do espaço urbano como do desenho da forma urbana, na escala intermediária, que não pode ser desligado do seu suporte geográfico, da gênese do lugar. Por outro lado, o campo do planejamento de transporte visa também ser uma ferramenta para auxílio na tomada de decisões na escala macro. Historicamente, a acessibilidade tem se mostrado como um elemento indutor do crescimento (Campos, 2013), das atividades e das transformações espaciais de uma região. No âmbito da escala micro, o nó de transporte de uma rede oferece a possibilidade do acesso à união de diversos sistemas (e consequentemente aos diversos destinos), mas também ao lugar numa cidade (Baiardi, 2018). Como conciliar, portanto, duas disciplinas no território – urbano e transportes - no campo do planejamento e do projeto com qualidade urbana, ambiental e sustentabilidade socioeconômica, rompendo com a visão setorial e fragmentada das intervenções no espaço amplamente difundida no século XX? A realização desse XXI Enanpur em Curitiba é uma oportunidade para debatermos a articulação entre planejamento, projeto e processos. 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Publicado em 31 de julho de 2025

Resumo

Em pleno século XXI não é possível ignorar o aquecimento global e o rápido crescimento dos Gases de Efeito Estufa (GEE) oriundos da queima de combustíveis fósseis por veículos ou da própria indústria, do desmatamento, da agricultura, da pecuária, entre outros que contribuem para acelerar os efeitos das mudanças climáticas. Nesse cenário, é fundamental apontar que o setor de transportes corresponde por um quarto das emissões dos GEE, como o setor em que as irradiações de carbono mais cresceram desde o ano de 2000 de acordo com o Relatório oriundo da 24ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 24), realizado no ano de 2018. Aproximar o tema do desenho da mobilidade urbana ao campo do planejamento e projeto urbanos é uma necessidade urgente quando consideramos os desafios, dilemas e descompassos de implantação de sistemas, redes e equipamentos de transporte nas principais metrópoles brasileiras - seja nos modais de ônibus, trem ou metrô - que contribuem sobremaneira para a não dependência do automóvel individual como na redução dos GEE. Entender o desenho da mobilidade, em especial do Transporte Público Coletivo, seu legado e suas reverberações, bem como a ausência de lições e/ou descompassos aprendidos nas maiores metrópoles do Brasil, como Rio e em São Paulo, é uma discussão premente para os campos do planejamento urbano, arquitetura e urbanismo. Por um lado, o planejamento urbano visa a organização do espaço urbano como do desenho da forma urbana, na escala intermediária, que não pode ser desligado do seu suporte geográfico, da gênese do lugar. 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