Artigo Anais do XXI O Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (Sessão Livres)

ANAIS de Evento

ISSN: 1984-8781

BIOMA, CLIMA, ECONOMIA URBANA E PLANEJAMENTO TERRITORIAL: TEORIA E PRÁXIS A PARTIR DA AMAZÔNIA

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Publicado em 31 de julho de 2025

Resumo

Nesta sessão buscamos uma reflexão sobre a urgência da conexão entre o tema das economias baseadas em bioma e uma nova agenda para o planejamento territorial em tempos de emergência social e climática. Esta abordagem indica caminhos para se repensar as bases neo-clássicas da economia urbana em contextos que não foram completamente convertidos à lógica capitalista estrita. A este respeito, esta sessão procura fazer este debate a partir uma matriz teórica que é indissociável de uma práxis, e que tem sua gênese na Amazônia contemporânea. Nesta perspectiva, as contribuições reconhecem o passado e a ancestralidade produtiva da região, e procuram organizar e explicar o presente de modo a indicar essa ancestralidade como portadora de um futuro possível para o bioma Amazônia e sua gente. Procura-se também através do caso amazônico, iluminar as possibilidades de (re)existência em outros biomas reforçando a agenda territorial de um planejamento territorial e socioecológico, que transcende as narrativas de urbanização hegemônicas. Parcelas da comunidade acadêmica ligada à pesquisa socioambiental na região têm dificuldades de lidar com interações entre processos sociais e naturais no trópico úmido. É frequente que essa interação de processos seja observada mais “acima do dossel da floresta” do que nas interações que ocorrem abaixo dele. Dificuldades surgem também com as análises que se resumem ao fenômeno das cidades, assumindo-as como manifestação privilegiada do urbano, e por isso perdem perspectiva territorial diante da diversidade dos assentamentos humanos e de seus arranjos socioterritoriais existentes na Amazônia hoje. As cidades são parte destas configurações, mas os arranjos não são definidos somente por elas, e destaque-se que as grandes cidades são exceções. Pensar assim, estabelece um verdadeiro campo cego para o planejamento territorial que é orientado pela lógica metropolitana e industrial, e, em decorrência disso, para a proposição de estratégias territoriais de desenvolvimento econômico e social que incorporem as economias locais baseadas no bioma incluindo seus saberes e modos de viver e produzir. Compreender a extensão e a distribuição nos territórios de agentes econômicos, ligados a atividades cujo fundamento são produtos presentes no bioma, é atualmente um dos maiores desa?os para a construção de políticas de desenvolvimento urbano e econômico para os estados da região. Neste contexto, o termo polissêmico Bioeconomia, se constitui em novo léxico econômico que oferece suporte à constituição de um novo ciclo de desenvolvimento regional, ainda justificado na extração de produtos da natureza, mas agora repaginado por novos arranjos e argumentos. Esta Sessão Livre (SL) pergunta: quais as possibilidades reais de um projeto de desenvolvimento regional que utiliza uma mediação urbana, compreendida aqui pelas articulações territoriais que vão além das cidades? Como adotar as estruturas do bioma (assentamentos humanos, rios, florestas e saberes) como parte de um planejamento territorial assentado na história da formação econômica regional, e por isso inclusivo? Como respeitar os limites do bioma, quanto ao tempo e ritmo de apropriação dos produtos? Quais projeções podem advir dessa formulação no presente da região? Ou seja, propõe-se uma reflexão sobre a realidade econômica de atividades baseadas em biodiversidade (ABB) – atividades cujo fundamento é a existência do bioma Amazônia – considerando-as de modo sistêmico com suas estruturas espaciais, seus ciclos e seus produtos. O diálogo promovido por esta SL exercita a hipótese de que as economias urbanas da Amazônia são um aspecto fundamental para compreender as possibilidades de desenvolvimento de economias baseadas em bioma. Essa economia, típica de regiões intensivas em biodiversidade tropical, caracteriza-se por processos de diversi?cação mediados por divisão social e técnica do trabalho urbanas, por meio das quais estruturas heterogêneas em termos territoriais, institucionais e produtivos (tecnologias) conformam sistemas dinâmicos que apresentam características muito destoantes da imagem imputada de estagnação e atraso, atrelada ao extrativismo e aos agentes econômicos com ele envolvidos. Esta hipótese impõe uma reflexão crítica sobre um conjunto de teorias urbanas e econômicas e, assim, a uma necessidade de refundar o debate sobre o planejamento urbano e regional como planejamento territorial, e orientar seus instrumentos para a ideia do bioma vivo como meio de produção e suporte para garantir o andamento da vida em seus modos de habitar, fundar, distribuir, transformar, em síntese, seus modos de viver, produzir e conservar. Somente desse modo será possível superar a profunda crise climática, econômica e política vivida no momento, causada por uma lógica de exploração, guerra e morte.

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