Artigo Anais do XV SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-055-4

RIO IMBOAÇU: A INVISIBILIDADE E IMPORTÂNCIA DE UM GIGANTE ESQUECIDO

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Publicado em 12 de setembro de 2025

Resumo

A bacia hidrográfica do Rio Imboaçu, situada no município de São Gonçalo, Rio de Janeiro, representa um importante sistema ambiental e socioeconômico que, ao longo das décadas, tem sofrido com o avanço desordenado da urbanização. De acordo com Cunha (1994), a bacia hidrográfica é uma área delimitada por divisores topográficos e drenada por um rio principal e seus afluentes, funcionando como um sistema aberto, interligando elementos naturais e antrópicos. Rodrigues e Adami (2005) ampliam essa compreensão ao incluírem processos de circulação e armazenamento de água e material transportado, reforçando sua complexidade. Nesse contexto, o Rio Imboaçu, o maior do município, nasce entre o Morro dos Mineiros e Vista Alegre, no distrito de Sete Pontes, cortando cerca de 10 km da cidade até desaguar na Baía de Guanabara, no bairro Boa Vista. Sua bacia hidrográfica já foi um importante elemento da paisagem natural e da ocupação territorial local, mas hoje é fortemente impactada pela degradação ambiental. A urbanização acelerada de São Gonçalo, intensificada a partir da década de 1940 com a instalação de indústrias e loteamento de antigas fazendas, gerou uma ocupação desordenada do território. A ausência de políticas públicas eficazes de planejamento urbano resultou em ocupações informais, autoconstruções em áreas de risco, ausência de saneamento básico e impermeabilização do solo, especialmente nas margens e planícies fluviais do Imboaçu. Como destacado por Moura (2004) e Amaral e Ribeiro (2009), esses processos alteram profundamente o funcionamento das bacias hidrográficas, reduzindo a infiltração da água, intensificando o escoamento superficial e aumentando a frequência de enchentes, que se tornaram eventos recorrentes e danosos em São Gonçalo. Nesse cenário, torna-se essencial utilizar ferramentas de diagnóstico como o Protocolo de Callisto, um método de avaliação rápida da qualidade ambiental de corpos hídricos, criado por Callisto et al. (2002). A metodologia utilizada para avaliar o Rio Imboaçu incluiu instrumentos simples, como fita métrica e câmera de celular, aliados a uma análise visual sistematizada segundo o protocolo. Através dessa avaliação, foi possível observar diversos impactos ao longo do rio, como lançamento de esgoto, descarte irregular de lixo, modificações físicas (canalizações, alargamentos, aterros) e intervenções pontuais (pontes, vias), que fragmentam o sistema fluvial e agrava sua degradação. Apesar de suas feições geomorfológicas estarem bastante camufladas pelas intervenções humanas, ainda é possível perceber a sinuosidade do rio em certos trechos, bem como a presença de vegetação incipiente alimentada por matéria orgânica em decomposição. A baixa capacidade erosiva e o assoreamento intensificam os alagamentos, principalmente nas áreas mais centrais e densamente ocupadas da cidade. A construção de empreendimentos como condomínios e centros comerciais aumentou ainda mais a sobrecarga de resíduos e a pressão sobre o rio, cuja foz na já poluída Baía de Guanabara agrava um dos maiores problemas ambientais do estado do Rio de Janeiro. Diante disso, o estudo do Rio Imboaçu e de sua bacia hidrográfica, com base no Protocolo de Callisto, revela a urgência da adoção de políticas públicas integradas de saneamento, planejamento urbano e conservação ambiental, tendo como eixo estruturante a bacia hidrográfica como unidade de gestão.

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