Artigo Anais do XI Congresso Internacional de Línguas e Literatura

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-86901-40-5

"HOJE APETECE-ME” E A POLIFONIA DO DESEJO: UM DIÁLOGO ENTRE DEUSA D’ÁFRICA E BAKHTIN

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Publicado em 15 de setembro de 2025

Resumo

Este trabalho analisa o poema “Hoje Apetece-me”, da poeta moçambicana Deusa D’África, a partir dos pressupostos teóricos de Mikhail Bakhtin (2008) sobre polifonia, dialogismo e consciência dialógica, articulados às discussões de autores como Francisco Noa (2015), Djamila Ribeiro (2017), Sávio Freitas (2020, 2024), Paulina Chiziane (2014), Assunção de Maria Silva (2019) e Paradiso (2015). A análise evidencia como a poética da autora mobiliza vozes que tensionam as estruturas coloniais, patriarcais e raciais, articulando o corpo, o desejo e a memória como territórios de resistência e reconstrução identitária. Assim como nas obras dostoievskianas analisadas por Bakhtin, o poema revela uma tessitura polifônica na qual nenhuma consciência se sobrepõe à outra, compondo um discurso atravessado por vozes ancestrais, femininas, insurgentes e espirituais. A recorrência do verso “hoje apetece-me” performa como marcador de um tempo poético que dialoga com o passado, o presente e o futuro, reafirmando a circularidade entre o eu e o coletivo, entre o íntimo e o político. Apoiada nas reflexões de Noa (2015) e Freitas (2024) sobre a moçambicanidade enquanto projeto político e estético, a análise também reconhece, com Chiziane (2014) e Ribeiro (2017), a centralidade do corpo negro feminino como locus de enunciação e resistência. Dessa forma, a palavra poética, como sugere Bakhtin, torna-se bivocal, carregada de intenções, afetos e conflitos, instaurando um espaço de diálogo que refuta qualquer tentativa de silenciamento e subalternização da mulher negra moçambicana.

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