Artigo Anais do XV SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-055-4

IMPACTOS DO AÇUDE CASTANHÃO NA DINÂMICA HIDROLÓGICA DA BACIA DO RIO JAGUARIBE (CE)

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Publicado em 12 de setembro de 2025

Resumo

A bacia hidrográfica do rio Jaguaribe, no Ceará, apresenta elevada vulnerabilidade ambiental devido às condições de semiaridez que impõe forte variabilidade pluviométrica associada a uma rala cobertura vegetal (atualmente bastante degradada), além da ocupação antrópica nas margens, agravada pela construção do Açude Castanhão em 2002. Este trabalho objetivou avaliar as alterações hidrológicas decorrentes dessa obra por meio da análise conjunta de séries históricas de pluviometria e fluviometria (1990–2024) em seis estações (Arneiroz, Iguatu, Icó, Jaguaribe, Morada Nova e Peixe Gordo), obtidas na plataforma HIDROWEB da ANA. Os dados foram organizados em planilhas e processados com scripts em Python para gerar estatísticas descritivas, identificar picos de vazão e classificar os escoamentos em faixas adotadas como indicadores de resposta hidrológica. O período foi dividido em três fases: pré-barramento (1990–2001), durante construção (2002–2004) e pós-barramento (2005–2024). Na fase pré-barramento, observou-se predomínio de chuva moderada (maioria dos dias com precipitação abaixo de 50 mm) e escoamentos naturais, com picos anuais de vazão relacionados a eventos pluviométricos extremos (por exemplo, 140m³/s em Arneiroz e 1.409m³/s em Peixe Gordo). Durante a construção, todas as estações exibiram picos abruptos — como 810m³/s em Arneiroz e 2.169m³/s em Iguatu — sem correspondência proporcional nas chuvas, sugerindo influência de operações e de rompimentos de barragens menores. No período pós-barramento, consolidou-se a dissociação entre chuva e vazão, evidenciada pelo aumento médio de 317% nos dias com vazão mínima (0–1m³/s), redução de 76% nos dias com vazões extremas (> 200m³/s) e amortecimento dos picos, mesmo em anos de precipitação intensa (125mm em 2024). Enquanto as estações a montante do Castanhão, como Arneiroz, Icó e Iguatu continuam a apresentar longos períodos de escoamento quase nulo, Peixe Gordo (a jusante) passou a manter maior regularidade, bem como redução de picos extremos. Concluiu-se que a barragem promoveu controle eficaz de cheias, porém impôs perdas na capacidade de resposta natural do sistema fluvial, com repercussões em processos hidrossedimentológicos e ecossistêmicos. Os resultados fornecem subsídios para aprimorar a gestão hídrica regional, recomendando-se a revisão dos critérios operacionais do Castanhão, para a garantia de vazões ecológicas mínimas e o monitoramento contínuo, de modo a conciliar segurança hídrica, sustentabilidade ambiental e usos múltiplos da água no semiárido.

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