Artigo Anais do XV SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-055-4

ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA: ÁREAS ÚMIDAS ENQUANTO GEOPATRIMÔNIOS

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Publicado em 12 de setembro de 2025

Resumo

A Geodiversidade é constituída a partir da diversidade de elementos abióticos, como características relativas à Geologia, Geomorfologia e Hidrologia e a elementos interseccionais, como aqueles abordados pela Hidrogeomorfologia. As áreas úmidas (wetlands) são hidrossistemas representantes desta disciplina, de modo a compor partes da paisagem dotadas de valor patrimonial – de cunho científico, educacional, cultural ou socioeconômico – estando propícias à inclusão em iniciativas de geoconservação, crucial para a manutenção de Geopatrimônios, que reúnem elementos da Geodiversidade com os valores supracitados. Para tanto, tem-se a necessidade de estabelecer uma revisão bibliográfica que englobe as temáticas de Áreas Úmidas e Geopatrimônios. Logo, visando estabelecer uma correlação entre pesquisas sobre áreas úmidas e a temática de geopatrimônios, é o objetivo do presente trabalho estabelecer uma análise bibliométrica sobre estudos de áreas úmidas enquanto partes de geopatrimônios, firmando correlações entre autores, países e palavras-chave em publicações. A bibliometria foi feita por meio da base de dados Scopus, priorizando os termos “wetland” e “heritage” (associada a Geoheritage, termo utilizado para descrever Geopatrimônios). Foram encontradas 203 obras correspondentes à pesquisa, subsequentemente filtradas e submetidas à análise por meio dos aplicativos Biblioshiny e VOSViewer. Os resultados mostram que o maior volume de produção sobre o tema é proveniente da China; co-citações de autores têm a Austrália como maior representante, bem como na ocorrência de colaborações e co-ocorrências. Há destaque para a colaboração entre autores dos EUA e da China. Nota-se a crescente preocupação nestas publicações em relação à conservação de áreas úmidas, não somente enquanto hidrossistemas essenciais para a manutenção de suas funções ecossistêmicas, mas enquanto patrimônios com valor natural, científico, socioeconômico e educacional. Pode-se considerar que há possibilidades de novas pesquisas sobre a temática, evidenciando a crescente atribuição de valor a esses ambientes úmidos. Infere-se um grande potencial de colaboração entre autores de países com maior volume de produções; contudo, são ressaltadas lacunas a serem supridas em termos de incentivo à produção em outros países com significativa geodiversidade.

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