Artigo Anais do XV SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-055-4

GEOMORFOLOGIA ANTROPOGÊNICA E URBANA E: ROTEIRO DE CAMPO SOBRE OS ‘RIOS INVISÍVEIS’ DE PORTO ALEGRE

Palavra-chaves: , , , , Comunicação Oral (CO) GT 11 - Antropoceno e geomorfologia urbana
"2025-09-12 08:54:41" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1845 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 123309
    "edicao_id" => 432
    "trabalho_id" => 144
    "inscrito_id" => 21
    "titulo" => "GEOMORFOLOGIA ANTROPOGÊNICA E URBANA E: ROTEIRO DE CAMPO SOBRE OS ‘RIOS INVISÍVEIS’ DE PORTO ALEGRE"
    "resumo" => "Os rios invisíveis são cursos d'água cujos canais foram fortemente modificados pela ação humana através de retificação, canalização e/ou tamponamento. Essas alterações mudam o padrão natural de drenagem, tornando esses rios impercebíveis na paisagem urbana. Diante disso, este estudo propõe a elaboração de um roteiro de campo acerca dos rios invisíveis na cidade de Porto Alegre, pertencentes à Bacia Hidrográfica do Arroio Dilúvio, cujo principal curso d'água e seus afluentes foram submetidos a intervenções significativas durante o processo de urbanização, ocasionando impactos diretos na morfodinâmica fluvial. O roteiro proposto poderá ser aplicado em distintos níveis educacionais, inclusive no ensino superior, e será adaptável a variadas realidades urbanas. A elaboração do roteiro de campo fundamentou-se nas abordagens teórico-metodológicas da Geomorfologia Antropogênica e Urbana e da Cartografia Geomorfológica Retrospectiva, que estudam as formas de relevo tecnogênicas criadas ou induzidas pela ação antrópica, onde a intervenção causa alterações na forma, nos processos e nos materiais. Inicialmente, foram revisados estudos anteriores sobre intervenções urbanas na bacia hidrográfica, visando compreender as transformações geomorfológica. Posteriormente, a análise de mapas históricos e aerofotografias antigas permitiu reconstituir a drenagem original e compará-la com a rede de drenagem tecnogênica atual. O trabalho de campo consistiu na validação das observações e na seleção de pontos estratégicos que evidenciam as modificações na morfodinâmica fluvial e nas formas de relevo. As intervenções na bacia incluíram a canalização e retilinização do Arroio Dilúvio, reduzindo seu comprimento em 1,4 km, além de alterar a localização de sua foz no Lago Guaíba. Essas mudanças transformaram o canal de padrão meandrante para retilíneo no seu trecho inferior, diminuindo sua capacidade de dissipação de energia e aumentando a velocidade do fluxo, criando uma nova morfodinâmica. A densidade de drenagem da bacia diminuiu devido ao tamponamento de afluentes e substituição de canais naturais por redes subterrâneas. A urbanização do centro de Porto Alegre aumentou as áreas impermeáveis, intensificando alagamentos e comprometendo a infiltração de águas pluviais, como ocorreu na inundação de maio de 2024 em Porto Alegre e outras áreas do Rio Grande do Sul. Entende-se que grande parte das intervenções na Bacia Hidrográfica do Arroio Dilúvio estão inseridas em um contexto político, social e econômico de exclusão da população vulnerável das áreas centrais de Porto Alegre para a realização de obras de contenção de cheias, resultando em uma cidade segregada. Durante o percurso definido no roteiro de campo, observou-se como as intervenções humanas nos cursos d'água mudaram a relação da cidade com o rio, tornando-o secundário no ambiente urbano. O roteiro de campo mostra que é vital ver os rios invisíveis não apenas como estruturas artificiais, mas como partes essenciais do tecido socioambiental da cidade. Isso destaca a necessidade de políticas de planejamento urbano que considerem a resiliência às mudanças climáticas e promovam a reintegração dos rios na paisagem urbana."
    "modalidade" => "Comunicação Oral (CO)"
    "area_tematica" => "GT 11 - Antropoceno e geomorfologia urbana"
    "palavra_chave" => ", , , , "
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO__EV217_MD6_ID21_TB144_09032025134859.pdf"
    "created_at" => "2025-09-15 11:26:50"
    "updated_at" => null
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "NINA SIMONE VILAVERDE MOURA"
    "autor_nome_curto" => "NINA MOURA"
    "autor_email" => "ninavilamoura@gmail.com"
    "autor_ies" => "UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS)"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-do-xv-simposio-nacional-de-geomorfologia"
    "edicao_nome" => "Anais do XV SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA"
    "edicao_evento" => "SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA"
    "edicao_ano" => 2025
    "edicao_pasta" => "anais/sinageo/2025"
    "edicao_logo" => null
    "edicao_capa" => "68c4605097155_12092025150256.png"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2025-09-12 08:54:41"
    "publicacao_id" => 130
    "publicacao_nome" => "Revista SINAGEO"
    "publicacao_codigo" => "978-65-5222-055-4"
    "tipo_codigo_id" => 2
    "tipo_codigo_nome" => "ISBN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 123309
    "edicao_id" => 432
    "trabalho_id" => 144
    "inscrito_id" => 21
    "titulo" => "GEOMORFOLOGIA ANTROPOGÊNICA E URBANA E: ROTEIRO DE CAMPO SOBRE OS ‘RIOS INVISÍVEIS’ DE PORTO ALEGRE"
    "resumo" => "Os rios invisíveis são cursos d'água cujos canais foram fortemente modificados pela ação humana através de retificação, canalização e/ou tamponamento. Essas alterações mudam o padrão natural de drenagem, tornando esses rios impercebíveis na paisagem urbana. Diante disso, este estudo propõe a elaboração de um roteiro de campo acerca dos rios invisíveis na cidade de Porto Alegre, pertencentes à Bacia Hidrográfica do Arroio Dilúvio, cujo principal curso d'água e seus afluentes foram submetidos a intervenções significativas durante o processo de urbanização, ocasionando impactos diretos na morfodinâmica fluvial. O roteiro proposto poderá ser aplicado em distintos níveis educacionais, inclusive no ensino superior, e será adaptável a variadas realidades urbanas. A elaboração do roteiro de campo fundamentou-se nas abordagens teórico-metodológicas da Geomorfologia Antropogênica e Urbana e da Cartografia Geomorfológica Retrospectiva, que estudam as formas de relevo tecnogênicas criadas ou induzidas pela ação antrópica, onde a intervenção causa alterações na forma, nos processos e nos materiais. Inicialmente, foram revisados estudos anteriores sobre intervenções urbanas na bacia hidrográfica, visando compreender as transformações geomorfológica. Posteriormente, a análise de mapas históricos e aerofotografias antigas permitiu reconstituir a drenagem original e compará-la com a rede de drenagem tecnogênica atual. O trabalho de campo consistiu na validação das observações e na seleção de pontos estratégicos que evidenciam as modificações na morfodinâmica fluvial e nas formas de relevo. As intervenções na bacia incluíram a canalização e retilinização do Arroio Dilúvio, reduzindo seu comprimento em 1,4 km, além de alterar a localização de sua foz no Lago Guaíba. Essas mudanças transformaram o canal de padrão meandrante para retilíneo no seu trecho inferior, diminuindo sua capacidade de dissipação de energia e aumentando a velocidade do fluxo, criando uma nova morfodinâmica. A densidade de drenagem da bacia diminuiu devido ao tamponamento de afluentes e substituição de canais naturais por redes subterrâneas. A urbanização do centro de Porto Alegre aumentou as áreas impermeáveis, intensificando alagamentos e comprometendo a infiltração de águas pluviais, como ocorreu na inundação de maio de 2024 em Porto Alegre e outras áreas do Rio Grande do Sul. Entende-se que grande parte das intervenções na Bacia Hidrográfica do Arroio Dilúvio estão inseridas em um contexto político, social e econômico de exclusão da população vulnerável das áreas centrais de Porto Alegre para a realização de obras de contenção de cheias, resultando em uma cidade segregada. Durante o percurso definido no roteiro de campo, observou-se como as intervenções humanas nos cursos d'água mudaram a relação da cidade com o rio, tornando-o secundário no ambiente urbano. O roteiro de campo mostra que é vital ver os rios invisíveis não apenas como estruturas artificiais, mas como partes essenciais do tecido socioambiental da cidade. Isso destaca a necessidade de políticas de planejamento urbano que considerem a resiliência às mudanças climáticas e promovam a reintegração dos rios na paisagem urbana."
    "modalidade" => "Comunicação Oral (CO)"
    "area_tematica" => "GT 11 - Antropoceno e geomorfologia urbana"
    "palavra_chave" => ", , , , "
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO__EV217_MD6_ID21_TB144_09032025134859.pdf"
    "created_at" => "2025-09-15 11:26:50"
    "updated_at" => null
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "NINA SIMONE VILAVERDE MOURA"
    "autor_nome_curto" => "NINA MOURA"
    "autor_email" => "ninavilamoura@gmail.com"
    "autor_ies" => "UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS)"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-do-xv-simposio-nacional-de-geomorfologia"
    "edicao_nome" => "Anais do XV SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA"
    "edicao_evento" => "SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA"
    "edicao_ano" => 2025
    "edicao_pasta" => "anais/sinageo/2025"
    "edicao_logo" => null
    "edicao_capa" => "68c4605097155_12092025150256.png"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2025-09-12 08:54:41"
    "publicacao_id" => 130
    "publicacao_nome" => "Revista SINAGEO"
    "publicacao_codigo" => "978-65-5222-055-4"
    "tipo_codigo_id" => 2
    "tipo_codigo_nome" => "ISBN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 12 de setembro de 2025

Resumo

Os rios invisíveis são cursos d'água cujos canais foram fortemente modificados pela ação humana através de retificação, canalização e/ou tamponamento. Essas alterações mudam o padrão natural de drenagem, tornando esses rios impercebíveis na paisagem urbana. Diante disso, este estudo propõe a elaboração de um roteiro de campo acerca dos rios invisíveis na cidade de Porto Alegre, pertencentes à Bacia Hidrográfica do Arroio Dilúvio, cujo principal curso d'água e seus afluentes foram submetidos a intervenções significativas durante o processo de urbanização, ocasionando impactos diretos na morfodinâmica fluvial. O roteiro proposto poderá ser aplicado em distintos níveis educacionais, inclusive no ensino superior, e será adaptável a variadas realidades urbanas. A elaboração do roteiro de campo fundamentou-se nas abordagens teórico-metodológicas da Geomorfologia Antropogênica e Urbana e da Cartografia Geomorfológica Retrospectiva, que estudam as formas de relevo tecnogênicas criadas ou induzidas pela ação antrópica, onde a intervenção causa alterações na forma, nos processos e nos materiais. Inicialmente, foram revisados estudos anteriores sobre intervenções urbanas na bacia hidrográfica, visando compreender as transformações geomorfológica. Posteriormente, a análise de mapas históricos e aerofotografias antigas permitiu reconstituir a drenagem original e compará-la com a rede de drenagem tecnogênica atual. O trabalho de campo consistiu na validação das observações e na seleção de pontos estratégicos que evidenciam as modificações na morfodinâmica fluvial e nas formas de relevo. As intervenções na bacia incluíram a canalização e retilinização do Arroio Dilúvio, reduzindo seu comprimento em 1,4 km, além de alterar a localização de sua foz no Lago Guaíba. Essas mudanças transformaram o canal de padrão meandrante para retilíneo no seu trecho inferior, diminuindo sua capacidade de dissipação de energia e aumentando a velocidade do fluxo, criando uma nova morfodinâmica. A densidade de drenagem da bacia diminuiu devido ao tamponamento de afluentes e substituição de canais naturais por redes subterrâneas. A urbanização do centro de Porto Alegre aumentou as áreas impermeáveis, intensificando alagamentos e comprometendo a infiltração de águas pluviais, como ocorreu na inundação de maio de 2024 em Porto Alegre e outras áreas do Rio Grande do Sul. Entende-se que grande parte das intervenções na Bacia Hidrográfica do Arroio Dilúvio estão inseridas em um contexto político, social e econômico de exclusão da população vulnerável das áreas centrais de Porto Alegre para a realização de obras de contenção de cheias, resultando em uma cidade segregada. Durante o percurso definido no roteiro de campo, observou-se como as intervenções humanas nos cursos d'água mudaram a relação da cidade com o rio, tornando-o secundário no ambiente urbano. O roteiro de campo mostra que é vital ver os rios invisíveis não apenas como estruturas artificiais, mas como partes essenciais do tecido socioambiental da cidade. Isso destaca a necessidade de políticas de planejamento urbano que considerem a resiliência às mudanças climáticas e promovam a reintegração dos rios na paisagem urbana.

Compartilhe:

Visualização do Artigo


Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.