Artigo Anais do XXI O Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (Sessão Temática)

ANAIS de Evento

ISSN: 1984-8781

FAVELAS PAULISTANAS: A ATUAÇÃO DE AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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Publicado em 24 de julho de 2025

Resumo

Este estudo visa analisar a atuação de agências internacionais nas favelas da cidade de São Paulo, Brasil, com foco em verificar se as ações dessas organizações resultam em mudanças significativas nas condições de vida das comunidades. A pesquisa adota uma abordagem bibliográfica e empírica, examinando como as agências internacionais interagem com essas áreas urbanas marginalizadas, suas parcerias e os projetos implementados. A definição de "habitabilidade" utilizada no estudo inclui fatores como segurança, salubridade, acesso à infraestrutura básica (água, esgoto, eletricidade), além de aspectos sociais e culturais, como a integração comunitária. A pesquisa, baseada em três estudos de caso em favelas paulistanas (Heliópolis, Paraisópolis e Nova Jaguaré), conclui que as agências internacionais atuam principalmente como financiadoras e apoiadoras de organizações locais, em parceria com entidades públicas. As ações desenvolvidas se concentram em áreas como saúde, infraestrutura básica e direitos humanos, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos moradores. No entanto, as mudanças urbanísticas significativas ainda são lideradas principalmente por ONGs locais ou pelo poder público. As agências internacionais desempenham um papel importante no desenvolvimento econômico e na assistência humanitária em nível global, frequentemente operando sob a supervisão de governos ou organizações multilaterais, como a ONU e o Banco Mundial. Embora suas ações abranjam diversas áreas, o impacto de longo prazo das suas intervenções nas favelas de São Paulo é limitado devido a desafios como a burocracia e a falta de adaptação às realidades locais. O estudo conclui que, apesar dos avanços pontuais em áreas como saneamento e infraestrutura, as intervenções das agências internacionais ainda não conseguem resolver integralmente os problemas estruturais enfrentados por essas comunidades. É necessário um maior comprometimento de longo prazo e uma integração mais robusta com políticas públicas locais para transformar efetivamente essas áreas vulneráveis.

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